As fraturas expostas são lesões altamente incidentes, intimamente relacionadas à vida moderna, na qual os acidentes causados por veículos automotores ou outros aparatos transmitem alta energia ao tecido ósseo. A morbidade individual é representada pelo comprometimento funcional resultante de infecção, não-união ou cicatrização viciosa. Há enormes custos envolvidos no tratamento dessas fraturas em termos de saúde pública, principalmente quanto as complicações. Uma das questões críticas no tratamento de fraturas expostas é o uso de antibióticos, incluindo as decisões sobre quais agentes específicos devem ser administrados, a duração e o momento ideal para a primeira dose profilática. Embora as diretrizes recentes tenham recomendado o início da profilaxia antibiótica o mais rápido possível, essa recomendação parece se basear em evidências insuficientes. Em vista disso, realizamos uma revisão sistemática, incluindo estudos que abordaram o impacto do tempo até o primeiro antibiótico e o risco de resultados infecciosos. Foram selecionados 14 estudos, dos quais apenas quatro concluíram que o início precoce do tratamento com antibióticos é capaz de prevenir infecções. Todos os estudos tinham riscos importantes de viés. Os resultados indicam que essa questão permanece em aberto, sendo necessários mais estudos prospectivos e metodologicamente sólidos para orientar as práticas e políticas de saúde relacionadas a esse assunto. Nível de Evidência II; Estudos Terapêuticos que Investigam o Nível de Resultados do Tratamento.